POR QUE O BRASILEIRO NÃO LÊ?

No Brasil, um país de 190 milhões de habitantes, 95 milhões de pessoas podem ser consideradas leitores.

No entanto essa parcela lê, em média, 1,3 livro por ano de acordo com dados do IBOPE (2018). Não se trata de rejeição à leitura, já que a mesma pesquisa mostrou que 75% gostam de ler. Pergunto então no texto de hoje: por que os brasileiros não leem mais?

 

Diz o senso comum que no Brasil se lê pouco porque o preço do livro é caro e porque não há bibliotecas. De fato, para alguns, o preço de uma boa leitura é alto e muitos definitivamente moram em lugares afastados de ambientes públicos, – onde deveria ser oferecida essa facilidade. Mas esses não são os principais motivos apontados pelos moradores do Estado de São Paulo para não lerem. Pelo menos é o que aponta a pesquisa sobre hábitos culturais na cidade realizada pela Rede Nossa São Paulo, em dezembro de 2018.

 

As maiores razões para o cidadão paulista não ter lido um livro são: não gostar de ler/não ter o hábito de ler, citado por 34% dos entrevistados e a falta de tempo, mencionado por 32% dos participantes. Além disso, 9% das pessoas contaram que não têm paciência para ler. Juntos, esses três motivos somam 75%.

 

Surpreendente, não é? Admito que quando eu me deparei com esses dados eu fiquei bem reflexivo a respeito dos motivos apresentados.

Qual a razão disso tudo?

Penso eu que as pessoas não leem porque não se transformam em leitores, – não adquiriram o hábito, já que podem não terem sido conquistadas pelo livro, e por inúmeras outras razões que não podem ser aqui mensuradas. Será que quando a leitura é um hábito ensinado e estabelecido, tal como nas escolas e provas de vestibulares, a falta de tempo ou de paciência é justificativa para não se ler?

 

Enquanto você pensa nessa resposta eu trago mais um dado para te ajudar a resolvê-la. Na pesquisa apresentada pela Rede Nossa São Paulo, quando os paulistanos foram questionados se haviam lido nos últimos três meses, 38% dos entrevistados responderam que sim, leram um livro inteiro; 20% que sim, leram partes de um livro; e 42% que não. Isso significa que mais da metade dos entrevistados tiveram contato com ao menos um livro no período – ufa, né? Um dado aliviador. 😉

 

E você, que acompanhou o meu raciocínio até aqui, leu algum livro nos últimos três meses?

Caso a resposta tenha sido não, eu tenho uma ótima indicação de leitura para você sair das estáticas e usufruir de um bom conteúdo, além de te ajudar no seu processo decisório – é claro!

 

Em março deste ano lancei o  livro, ‘A Contrapartida’. A obra é um thriller e traz a história baseada em assassinatos em série que ocorrem em um ambiente de misticismo e suspense. Como pano de fundo, o livro destaca a importância das escolhas e decisões, bem como as consequências geradas por elas.

 

A crítica tem enaltecido que a leitura é fácil, fluida e a “amarração” dos capítulos prende o leitor do começo ao fim. Que tal? Não pode ser um bom motivo começar por esta obra para adquirir o hábito de leitura?

 

Ficou interessado? O livro ‘A Contrapartida’ já está à venda nas principais livrarias do Brasil e também por venda on-line. (https://amzn.to/2USPOyJ)

3 comentários em “POR QUE O BRASILEIRO NÃO LÊ?”

  1. Fabio de Araujo

    Uranio, de fato deveria haver uma quantidade muito maior de leitores no Brasil. Eu acredito que o maior problema é estrutural: Educação/Instrução: uma parcela considerável da população não completa o 2º grau, de modo que não desperta o hábito de ler, procurar conhecimento etc; Renda/Emprego: com a crise, há milhões de desempregados, em vários níveis e profissões: a prioridade é sobreviver, não vai gastar em livros/revistas/cultura; Hábitos: a facilidade ao acesso à informação que a internet proporciona está sendo desperdiçado por uma parcela da população mais jovem com tolices, de baixo conteúdo cultural. A demanda por livro impresso deve ter diminuído no mundo, mas não irá desaparecer por conta da leitura virtual (e-book, internet). É mais agradável ler um texto ou visualizar uma gravura ou ilustração impressa, além da mobilidade de levar o livro para qualquer lugar sem ter que se preocupar em ligar o notebook na tomada etc. Abs,

    1. Sem dúvida Fabio. São muitos fatores combinados e como é importante refletirmos sobre as possíveis causas e agirmos de forma efetivas sobre elas. Educação, sem dúvida, é o principal fator.
      Muito obrigado pelas reflexões trazidas em seu comentário.
      Abraços.

  2. Patrícia Roque

    Acredito que é base, e na idade tenra que deveria ser familiarizados os livros.
    Mesmo que hoje seja digital. Porém as crianças ficam em seus tablets jogando e poderiam ler uma literatura, claro adequada para idade.
    Deveria ser colocado na escola, no núcleo religioso, em Rotary, Lions, todos os locais frequentados pelo indivíduo. O governo também porém criar um programa que preparem professores para instruir essas lugares como uma estrura de apoio. É mudança de mente na vida adulta e ensinar o caminho na infância.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *