A Feedz, uma plataforma de apoio na gestão de pessoas, com serviços voltados para aumentar o engajamento e desempenho dos colaboradores nas empresas, realizou uma pesquisa em que foram entrevistados 1129 trabalhadores de 800 empresas de todo o país, dos setores de tecnologia, serviços, indústria, varejo, finanças, comunicação e outros.
A pesquisa mediu o eNPS (employment Net Promoter Score), um índice criado para medir engajamento dos consumidores, que foi transportado para o RH. Utilizando essa métrica, perguntou-se qual a chance do funcionário recomendar a empresa para um amigo, de 0 a 100. A média foi dividida entre “detratores” (aqueles que vão usar o horário de almoço para falar mal da gestão, possivelmente), os “neutros” e os “promotores” (que vão se concentrar nas vantagens e engajar pessoas nas equipes). “Compreensão do propósito, alinhamento dos resultados que se espera de cada um e acompanhamento do gestor direto aumenta a satisfação dos colaboradores”, explicou Bruno Soares, CEO da Feedz, com base nos resultados.
Outra conclusão tem a ver com os benefícios. Plano de saúde e vale-refeição são considerados commodities nas empresas em que o engajamento é maior. Oferecer um pacote que vá além do básico amplia significativamente a satisfação, elevando o eNPS para até 70 nas empresas com esse atrativo, contra os 16 verificado nas que têm um pacote de benefícios desalinhado com o perfil dos funcionários. “As empresas precisam adicionar benefícios relacionados à saúde física, mental, educação e flexibilidade no trabalho”, diz Soares.
A radiografia feita pela Feedz também mostrou que um ambiente leve e amigável conta para que os colaboradores vistam a camisa. Ter um amigo no trabalho aumenta o engajamento: eNPS em média é 55 (para quem tem ao menos um amigo na empresa) e de 22 entre os que não têm. Essa premissa está relacionada à cultura: se propósito e valores são bem definidos (e de fato aplicados) e há práticas de gestão que incentivam a integração e comunicação, há mais espaço para bons relacionamentos.
Outro ponto é a conversa frequente com os líderes. Uma interação maior gera um maior entendimento da função: 92% dos entrevistados disseram entender as suas funções, enquanto nas companhias que não mantém um diálogo frequente, somente 68% dos funcionários responderam que compreendem o que é esperado deles no trabalho.
Gestores que fazem reuniões regulares com cada funcionário, aquelas do tipo “um a um”, sejam mensais ou semanais, contam com equipes mais comprometidas do que os que não adotam essa prática. Segundo a Feedz, em empresas onde essas conversas são rotineiras, o engajamento é 2,5 vezes maior.