Dois homens em destaque no mundo – o presidente russo Vladimir Putin e o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, são exemplos de liderança completamente diferentes. Enquanto vale a pena copiar o comportamento de Zelensky, o de Putin deve ser evitado a todo custo pelos executivos. Uma pesquisa informal feita por experts em liderança, consultores e entusiastas, rendeu um olhar mais claro para as numerosas falhas de estratégia do russo, além das táticas e técnicas, e como essas falhas podem servir como um aprendizado para líderes de negócios.
Use métricas apropriadas
“Uma das falhas de Putin é que ele mede o sucesso por território, dominação militar e império. Por mais que esses fatores fossem relevantes há um ou dois séculos, eles não levam à prosperidade no modelo integrado de economia atual e em um mundo movido a informação”, diz Moshe Cohen, professor sênior em negociação e liderança na Boston University’s Questrom School of Business.
Cohen diz que os líderes executivos precisam mensurar o sucesso de acordo com métricas relevantes para o ambiente atual e futuro em vez de usar fatores que só eram relevantes no passado. “A visão deles determina a direção das organizações, e eles devem olhar para frente, não para trás. Caso contrário, eles também arriscam danos estratégicos às suas empresas ao se engajarem em táticas que funcionaram no passado.”
Mude com o tempo
Edward Sullivan, CEO da consultoria executiva Velocity, diz que Putin está preso ao passado. “Grandes líderes olham para o futuro e ajudam suas empresas a chegar lá antes de qualquer um. A Rússia tem os recursos naturais e a população preparada para se tornar um líder global em indústrias de tecnologia e energia renovável, mas em vez disso Putin aprisionou o país no passado, sugando tudo o que pode da decadente indústria de commodities como petróleo, gás natural e carvão.”
Moshe Cohen diz que “com a competição ficando mais feroz e fluida do que nunca, é importante para os líderes executivos se adaptarem e mudarem com o tempo. Um acerto, hoje em dia, não garante um sucesso longo e duradouro no futuro. Portanto, um acerto precisa ser sentido por toda a empresa; deixar as pessoas para trás impede o sucesso. Fechar todas as oportunidades de divergência de opiniões não é saudável para nenhuma empresa. Essa atitude fecha os olhos dos líderes para as reais mudanças no mercado e gerenciamento de seus times.”
Relações são importantes
James Harold Webb é o empresário à frente de diversas empresas focadas em diagnóstico por imagem, dor e serviços laboratoriais. Ele observa que Putin esteve em uma posição de poder ditatorial por tanto tempo que não pensa nas relações como algo importante para si. Ele tem destruído quase todas as relações internas e externas que tinha e agora se apoia em uma postura de negação com pouquíssimo respaldo. O mesmo pode acontecer no mundo dos negócios se não estivermos abertos às relações que temos com o mercado, funcionários, parceiros, vendedores, e sim… até mesmo nossos concorrentes. “Não há nada de errado em ser competitivo, mas podemos fazer isso como verdadeiros líderes e ainda manter todas as relações, tanto internas como externas”, completa Harold Webb.