Postei ontem em minhas redes sociais meus sentimentos pela morte do ator e comediante Paulo Gustavo. Adicionei à mensagem um vídeo em que Paulo se despedia de seu público e nos lembrava da importância de lembrar de rir, principalmente no momento de tanta angústia pelas incertezas que estamos vivenciando.
Parei para refletir nessa mensagem e em todos os benefícios que o riso nos traz.
A risada e o sorriso fazem parte do nosso bom humor. Quanto mais bem humorados somos, melhor conseguimos levar as dificuldades da vida e transformar as obrigações diárias e convivências em momentos mais leves ou alegres, através de sorrisos.
Junto com o bom humor estão associadas a diversão, o jogo e a brincadeira; todas são manifestações afetivas de amizade e amabilidade.
Segundo Hugo de Azevedo, autor do livro: “O bom humor”, a pessoa que não aprecia uma piada ou não sabe rir de si mesma, não sabe “brincar”, nunca poderá alcançar a plena perfeição e felicidade.
Na psicanálise, Donald Winnicott estabeleceu sua teoria apoiada na tese de que o brincar deve acompanhar a pessoa até a fase adulta, sendo ela grande responsável pelo desenvolvimento de nossa criatividade.
Vale ressaltar também que uma pessoa de bom humor sabe ver as proporções das coisas e não se leva tão a sério. É essencial se conhecer e saber aceitar as próprias limitações.
Uma inteligência emocional bem desenvolvida leva ao realismo e a uma escala de valores equilibrada. Aprendemos a relevar pequenas adversidades e a não fazer “tempestade em copo d ‘água”.
O bom humor está unido ao espírito esportivo, ao esporte e ao jogo, à virtude da eutrapelia, ou seja, de saber se divertir, descansar no jogo e na brincadeira.
Brincar é coisa séria e é coisa mais séria ainda para nós, adultos; não devemos jamais desaprender a “brincar”.