No post anterior (O que são decisões fáceis e difíceis?) ofereci algumas reflexões sobre escolhas e decisões, que podem ser fáceis ou difíceis. Agora trago mais um elemento importante para compreendermos o nosso processo decisório e tomarmos melhores decisões: pensar nas consequências.
Antes de tudo é muito importante ressaltar que adquirimos conhecimento não apenas lendo, pesquisando e teorizando. Também adquirimos conhecimento na prática, ou seja, decidindo.
Como tomar melhores decisões?
Como nos sentimos melhor no processo de tomada de decisão, quando ela tem as características de uma decisão difícil de ser tomada? Estamos vivendo em nosso país tantos exemplos de rupturas de valores éticos, que nos têm deixado perplexos em função de sua dimensão, ramificações e profundidade. O que faltou? O que vem faltando no processo de nossas escolhas?
O processo decisório é bastante complexo, mas pensando de maneira simples é de fundamental importância refletir melhor e mirar nas consequências de nossas alternativas de escolha. Mas como?
Em muitos momentos não temos tempo suficiente para pesquisar fatos conhecidos, ou não há registro suficiente que nos permitam, através do conhecimento, decidir. Contudo, somos forçados a tomar uma decisão.
Nesse momento, devemos desviar a atenção de lições aprendidas, de princípios estabelecidos e mirar nas consequências. É o momento de verificar se é ou não um bom caminho, aquele que estamos por decidir, e acreditar naquilo que entendemos ser o melhor, o ético e o moral.
OPA! Entramos no assunto ética?
Sim! Afinal o cenário em que vivemos é o cenário que escolhemos e que estamos constantemente recriando.
Sabemos que a ética é mutável, dentro de uma mesma sociedade, à medida em que ocorre sua evolução com o tempo. A ética se adapta ao sistema de convivência que escolhemos para nos relacionarmos e vivermos em harmonia. Por isso é tão importante.
Se quisermos ser éticos e mudar para melhor, cada um de nós deverá transformar o seu processo de decisão. E essa mudança começa por aí: mirar nas consequências!
A única maneira de mirar nas consequências é PENSAR MAIS. Pensar e avaliar todas as opções disponíveis. Pensar e refletir sobre as implicações e resultados que poderão ocorrer. Pensar, pensar e pensar.
Que tal começar agora? O que você pensa sobre isso tudo? Compartilhe suas ideias no espaço de comentários e volte na próxima semana para refletirmos ainda mais!
Gastamos pouco tempo para pensar antes de tomar a decisão, e só por isso a tendência é gastar muito mais tempo na implementação da decisão. A decisão mais demorada no processo de planejamento (que inclua a avaliação das consequências), além de restringir ainda mais o risco de errar, permite economizar tempo mais à frente, na sua implementação. Parabéns pelas reflexões!
Penso que nos tempos atuais, temos vivido uma era do TER, onde muitas vezes as decisões estão pautadas somente nos interesses pessoais, deixando o SER e o coletivo de lado. Nesse contexto deixamos de fazer qualquer coisa em favor do outro, servir.
Acredito que se a decisão tiver como base a máxima, não fazer para o outro o que não gostaríamos que fizessem para nós, tomaríamos decisões com menores conflitos de interesse e consequentemente menos consequências.
Avaliando o cenário atual do Brasil, acredito que muita coisa ainda precisa, e irá, mudar nessa questão ética, e essa mudança deve começar na ação de cada pessoa que deseja ver o nosso país diferente.
Temos que tomar as “rédeas” das nossas decisões em tudo aquilo que nos cabe, pensando inclusive nas “pequenas corrupções” que estão ao nosso alcance e dessa forma fazer a diferença e formar opinião no caminho do bem.
O processo de decisão é muito complexo, pois normalmente, nossas decisões afetam direta ou indiretamente outras pessoas. A questão aí recai em, pensar em si ou pensar no coletivo? Quando conseguimos olhar para o outro e agir de forma ética, excluindo “corrupções”, pensando em fazer o bem, tenho certeza que a decisão será acertada em qualquer âmbito da vida. Parabéns pela bela reflexão.
Realizar a travessia de tomarmos decisões, a maioria delas sempre sob pressão, acaba nos levando a buscar resultados imediatos, de sobrevivência e este fato de forma clara ou oculta acaba interferindo na ética. Quando precisamos obter uma decisão ou liberar um documento que venha do governo, ficamos travados na burocracia ou se precisarmos acelerar, buscamos o jeitinho brasileiro que, na maioria das vezes, corrompe a ética e nos expõe a compartilhar de comportamentos que sabidamente não são corretos, mas “se justificam” devido ao impacto que isto pode causar num negócio. Este quadro favorece a quebra da ética e isto nos leva a situação de ingovernabilidade que estamos vivendo. Somos reféns de um país onde tudo é difícil e improvável, tendo que produzir e concorrer com um mercado aberto e que interfere diretamente em nossa sustentabilidade.Para piorar temos uma das mais baixas produtividades do mundo e uma legislação trabalhista que impede um funcionário de manter múltiplas tarefas, porque isto aqui no Brasil gerar desvio de função e sujeita a empresa a multas e processos trabalhistas. Decisões aqui são muitas mais arriscadas que em países desenvolvidos. Se observarmos este espírito de sobrevivência que construímos, até mesmo sem perceber, podermos gerar importantes mudanças, deixando a vida corporativa, que exige decisões rápidas e éticas, muita mais fáceis e planejadas. Parabéns pela iniciativa. Compartilhar pontos de vista nos faz melhor e nos treina ainda mais para as decisões do dia a dia.
Perfeito Rogerio, senso prático do quão importante é, pensar bem nas consequências.
Excelente observação.
Obrigado!
Olá Edilson, boa tarde!
Excelentes reflexões sobre nosso momento. Tenho plena convicção, assim como você, que estamos num processo de mudança de nossos valores e de nossa cultura para um cenário muito melhor. Cabe a nós decidirmos e agirmos para esse fim.
Obrigado.
Obrigado Kátia!
Excelente reflexão a respeito das consequências de nossas decisões. Se deixarmos de pensar apenas no “EU” e no “TER”, ao escolhermos algum caminho, e passarmos a pensar em “NÓS” e em nossa essência, tudo muda à nossa volta – para muito melhor.
Forte abraço.
Jorge, gostei muito de seus comentários. Precisamos assumir que criamos este ambiente. Precisamos entender que delegamos àqueles que legislam, governam e julgam em nosso país, o poder para construírem um Brasil melhor. Não o fizeram. Como eles pensaram, fizeram as suas escolhas e decidiram? Hoje está mais claro do que nunca. Cabe a nós mudarmos e colocarmos pessoas no poder que sejam educadas, que PENSEM no coletivo, que pensem em educar ao próximo para que tenhamos um pais melhor, menos burocrático e custoso para sociedade. Que pensemos melhor e mais conscientes antes de votarmos em 2018. Que votemos em quem se preocupa em educar, aculturar seu povo e prepara-lo para um futuro sustentável.
Em termos práticos, não venhamos mais a nos render ao “jeitinho brasileiro” – isso não se sustenta.
Nosso Brasil merece uma mudança para melhor e cabe a nós mudarmos para melhor.