Decisões difíceis:
Como todos sabem, sempre digo que decisões difíceis merecem boa reflexão, pois há uma ampla liberdade de escolha (inúmeras alternativas que podem ser tentadas). Além dos seus efeitos se darem no longo prazo (positivos ou negativos). Com este tipo de decisão é que nosso presidente Jair Bolsonaro tem lidado ultimamente. Este fato nos apresenta maravilhosos exemplos dessa dinâmica.
Quero deixar claro que desejo toda sorte e competência de governo ao presidente Jair Bolsonaro ao longo dos próximos quatro anos de seu mandato. Como brasileiro, desejo o melhor para o maior numero de cidadãos possível. Afinal, ele foi eleito pela maioria e agora, deverá ter ciência que governará para todos. Sabemos que um Presidente da República não conseguirá atender aos anseios de toda uma população. Mas, o importante é observarmos se o nosso novo chefe da nação irá buscar soluções que impulsionem a nação brasileira para o desenvolvimento robusto e sustentável.
Nesta sexta-feira, dia 1, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) completa um mês no poder.
É de senso comum que aqueles que sobem ao posto mais alto de governo brasileiro têm um período de “folga” para acalmar os ânimos depois de longos meses de campanha eleitoral. E, então, aguardar a eleição dos novos mandatários para a câmara e senado. Mas já se sabia que dada a alta cobrança e expectativa da população de uma administração eficiente e longe da corrupção, que com Bolsonaro seria diferente.
De fato, o primeiro mês como presidente já provou essa mudança. As principais manchetes dos jornais do Brasil mostraram a agitação que deve prevalecer nos próximos meses, no mesmo tom da campanha em que foi eleito. Ainda que algumas decisões pareçam ter sido acertadas e estão prevalecendo, o nosso Presidente também demonstrou alguns recuos em decisões que tomou. Foi “prato cheio” para as mídias sociais e nossos jornais.
Sobre as decisões tomadas e realinhamento de rota
O mês de janeiro revela os primeiros sinais de como deverá ser a gestão de Jair Bolsonaro. Alguns episódios mostraram que o presidente pode mudar de ideia sobre as decisões tomadas rapidamente a depender da reação do público. Lembram-se da definição dos ministérios? Começou que seriam 15 e ficamos com 22. Mas, será que ganharemos mais eficiência administrativa com relação aos 39 ministérios que tínhamos até pouco tempo atrás?
Contrariando as propostas iniciais, a pasta de Meio Ambiente não foi extinta. Outras desistências que se tornaram corriqueiras no período de transição de governo tendem a continuar durante o seu governo. Como já foi comprovado com a possível saída do Brasil do Acordo de Paris. Há 14 dias, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que, por enquanto, o presidente resolveu manter o país no acordo.
Fórum de Davos
Na linha de falar sobre propostas e não detalhar exatamente como serão realizadas as ações em busca do resultado, o presidente Jair Bolsonaro foi genérico em relação a temas do Brasil e questões internacionais e temos que concordar que acabou não empolgando o seleto grupo de participantes do Fórum de Davos. Ele foi muito breve e, de certa forma, acabou frustrando a população brasileira e mundial com a sua pouca fala.
Em um pronunciamento que durou menos de dez minutos (ele poderia falar por 40 minutos), o presidente afirmou que seu governo não terá viés ideológico. Falou sobre como o Brasil deve incentivar o agronegócio levando em conta o meio ambiente. Aliás, afirmou que o Brasil é uma das nações que mais preserva o meio ambiente. Uma semana depois fomos vítimas de mais um acidente ambiental em Brumadinho, que provou o contrário.
A tragédia que vitimou centenas de mineiros, além de moradores da região e turistas, ganhou as páginas dos principais jornais internacionais. Isso mostrou que é necessário rever a forma de extração de minério de ferro. Bem como os meios de produção de outros empreendimentos que apresentam riscos ambientais severos. É lidar com o Brasil velho e leva-lo para o novo e moderno.
O Presidente Jari Bolsonaro também falou sobre desburocratização, diminuição da carga tributária, combate à corrupção e defesa dos direitos humanos. Mas deixou de fora, por exemplo, assuntos polêmicos como a Reforma da Previdência.
Será que foi estratégico?
Ainda que possa ter sido um discurso vago, no sentido de ter apresentado poucos argumentos de como irá fazer o que deve ser feito, este governo será avaliado e compreendido pelo que fizer. Pela sua atitude e pela sua ação e não pelo que está em plano. Valerá a realização.
Reforço meu desejo de sorte ao presidente Jair Bolsonaro, já que não será fácil exercer a influência necessária junto a todas as esferas de poder do país a fim de implantar o que está planejado e arrumar o que está desarrumado. Não será fácil aplicar o que tem que ser executado num país com tanta diversidade e dimensões continentais.
Boa sorte a nós brasileiros!