Decisões fáceis e difíceis. Como decidir?

O que é uma decisão fácil e o que é uma decisão difícil? 

Vamos começar pela fácil: ela tem pouca liberdade de escolha, consequências de curto prazo, o impacto é baixo e normalmente não afeta terceiros. Um exemplo: a nossa alimentação. A liberdade de escolha é limitada, – me alimento agora ou não? Como algo frugal ou mais pesado? E o impacto no caso de erro é pequeno (caso não haja algum problema de comorbidade em jogo, claro). 

Já a decisão difícil: tem ampla liberdade de escolha, as consequências são de longo prazo e impacta terceiros. Exemplo: escolha de uma profissão. Um jovem saindo do ensino médio tem mais de 2000 profissões para escolher, ou seja, enorme liberdade de escolha, a noção de erro ou acerto só virá no longo prazo, o impacto é alto e envolve terceiros – imaginem um piloto de avião ou um médico que escolheram a profissão de maneira equivocada.

É importante saber identificar quais são as “decisões difíceis”, para que possamos parar e refletir melhor sobre elas. Porém jamais adiá-las ou paralisá-las, e nem deixar que os outros tomem a decisão por nós. 

Por onde começar? É necessário buscar o autoconhecimento e sempre procurar avançar no seu aprofundamento. Conheça quais são os seus valores, e com base nisso faça três perguntas a si mesmo:

Estou baseando essa decisão na minha essência ou na opinião dos outros?

Decida sempre considerando sua essência e não o que está externo a você, por isso o autoconhecimento é tão importante.

Estou decidindo para atender apenas os meus desejos ou o que é melhor para o maior número possível de pessoas?

Quanto maior o número de pessoas que for atingido positivamente pela sua escolha, maior será a chance de êxito e realização. 

Quais as origens e consequências da decisão? 

As origens e consequências te parecem confortáveis? Os riscos são aceitáveis? Você poderia contar os motivos que o levaram a essa decisão sem constrangimento? 

Nunca esqueçam o que Kant nos falou sobre ética: “se você não puder contar o que fez e como fez, não faça. Os motivos que você tem para não contar são os mesmos que você tem para não fazer”.

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