A DECISÃO DE ME ARRISCAR NO MERCADO EDITORIAL DE LIVROS

Um estudo iniciado no ano 2003, organizado Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea da Universidade de Brasília, traçou o perfil dos escritores brasileiros publicados por grandes editoras, isto é, homem branco, de classe média e nascidos no eixo Rio-São Paulo. O levantamento foi baseado apenas em lançamentos de grandes editoras como Record, Companhia das Letras e Rocco.

Com esta informação, quero trazer uma reflexão diferente nesse texto: por que o perfil de escritores ainda não mudou? Vamos, em parte, responder a essa questão ao longo do texto.

Ser escritor nunca foi uma carreira exatamente lucrativa. Você precisa ter ou buscar outros rendimentos ou alguém que “banque” sua história ou projeto para poder escrever, sobreviver e entrar no mercado editorial – o que reforça, em termos, o perfil do escritor brasileiro: branco, de classe média e do eixo RJ-SP.

Outro dado para reafirmar esse ponto é um estudo recente da Associação de Escritores, organização profissional de autores de livros. Ele mostrou que a atividade pode nem sequer gerar renda suficiente para sobrevivência.

Segundo a pesquisa, de janeiro de 2019, que considerou cinco mil autores de diferentes gêneros, englobando escritores tradicionais e de auto publicação, o salário médio de escritores em tempo integral foi de US$ 20,3 mil dólares anuais (cerca de R$ 80 mil na cotação atual) em 2017. Escritores de meio expediente, foi, de apenas US$ 6,08 mil — uma queda de 42% em relação ao ano 2009.

No século XX, um bom escritor literário poderia ganhar, só com suas publicações, o suficiente para figurar na classe média e subsistir. Agora, a maioria dos autores precisa complementar a renda com suas competências, que o levaram a escrever, ou dando palestras, aulas e por aí vai.

Sabemos também que o mercado das livrarias vem passando por momentos críticos nos últimos tempos, mostrando que o modelo de livrarias físicas tem que se reinventar pelo surgimento dos e-books, áudio books, auto publicações e outros meios de aquisição de conteúdo. Hoje, todas as mídias concorrem entre si. Temos que ter clareza desse fato para levarmos nosso conhecimento, nosso conteúdo ao público em geral.

Decisão de publicar o livro ‘A Contrapartida’

A essa altura do texto, você deve estar se perguntando o porquê da decisão de publicar um livro em pleno século XXI. Afinal, até aqui só expus pontos negativos para convencer alguém a se arriscar nesse tal mercado editorial.

Pois bem, o objetivo de publicar o livro ‘A Contrapartida’ não tem nada a ver com a questão de ficar famoso ou mergulhar em milhares notas de cem reais. Mas sim, de despertar o interesse nas pessoas sobre o tema escolhas e decisões. Chamar a atenção do público leitor sobre as consequências de nossas decisões – de como isso se processa em nossas vidas.

Caso as decisões se mostrem erradas em função de suas consequências, podem, dependendo de seu grau de influencia, ter resultados nefastos. Em ‘A Contrapartida’ apresento de forma lúdica elementos emocionais e de contexto que levam o indivíduo a fazer más escolhas.

Como muitos sabem, há alguns anos criei um processo de decision making para ajudar as pessoas a tomarem melhores decisões. Não só nos negócios, mas também na vida pessoal. No ‘A Contrapartida’, o tema não aborda nada sobre a metodologia. Mas, mostra as consequências de más escolhas e porque elas acontecem. A principal ideia do livro é proporcionar aos leitores elementos para refletir sobre nossas escolhas e decisões. Se colocar no lugar de cada personagem e se perguntar: Qual seria minha escolha? Fazendo isso, estou preparando meus queridos leitores para o próximo livro que irei lançar.

E aí, ficou curioso? Compre já o seu —> https://bit.ly/2T54olO.

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