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Confissões de quem aprendeu a decidir

Há algumas semanas estou lhes entregando diversas reflexões, informações e questionamentos sobre os tipos de decisões que temos de lidar constantemente. Agora acho que também é importante fazer algumas confissões pessoais sobre o assunto. Como decidir?

Meu principal objetivo atualmente é ajudar as pessoas a tomar melhores decisões. Faço isso porque sei exatamente como pode ser penoso fazer escolhas e conviver com a dúvida (pelo menos por um período de tempo), tentando avaliar se o caminho escolhido – a decisão tomada – foi certa ou errada.

Quando passei a avaliar como eu desenvolvia meu processo de tomada de decisão, tive dúvidas e comecei a pesquisar sobre o funcionamento do processo decisório e se eu poderia melhorá-lo.

Posso dizer que esta foi uma das decisões mais importantes que já tomei em minha vida! Descobri que há maneiras de evitar o estresse na tomada de decisões e sinto ser importante compartilhar esta experiência com todos os interessados.

confissoes-de-quem-aprendeu-a-decidir Imagem: Freepik

Observando e aprendendo a decidir

Você já deve saber que atuo como consultor em gestão, já atuei como conselheiro de empresas, também sou palestrante e autor. O que você não sabe é que precisei tomar grandes decisões para chegar onde estou hoje. Para dar um exemplo, nunca imaginei que um dia eu teria um blog!

Tudo começou quando passei a perceber que pessoas no mundo corporativo, pessoas que participavam do processo decisório, vinham tomando decisões que não acreditavam que dariam certo e, o pior, isso vinha ocorrendo com muita frequência. Mas como assim?

Sim, é verdade! Ou seja, havia pouco da essência aos valores corporativos, ou valores pessoais nas decisões que eram tomadas, apresentando clara dicotomia entre o que se pensava, e o que se falava. Pior, a ação em prol da decisão tomada, era completamente comprometida e permeava pela organização altas doses de frustrações recorrentes junto aos colaboradores.

Um exemplo real…

Certa vez, como consultor, indaguei para um grupo, que havia tomado determinada decisão, cujos resultados haviam sido desastrosos, porque havia seguido aquele caminho. Fiquei estarrecido ao perceber que nenhum deles (NENHUM!), genuinamente, desejava ou estava seguro ou concordava com aquele investimento quando foi tomada a decisão.

Os motivos, como pude constatar, eram inúmeros. Tais como: “não contrariar os demais”, que significa alto grau de desconfiança ou medo; “se esse projeto der certo, posso garantir um bônus polpudo”, significa pensar em “TER” e no “EU” (egoísta e não pensar no “SER” e no benefício de mais pessoas); e por fim, é claro, não houve quem pensasse na origem daquele projeto, na sua real necessidade e suas consequências.

Assim, pude constatar que se tratava de uma vaidade do controlador da companhia em participar de um mercado em que um desafeto seu garantia bons resultados, mas sem que tivessem estudado a fundo, como eram garantidos tais “resultados”, aparentes para quem olhava de fora. Ficou muito claro que não havia se pensado – PENSADO MAIS, como eu tenho definido aqui – na origem e nas consequências daquela “viagem insana”.

Esse foi o “gatilho” para que eu fizesse algo diferente!

Foram ao menos dois anos de estudos

Passei a desenvolver uma metodologia para tomada de decisão, que hoje já está pronta e testada em alguns de meus clientes mais próximos. Para não me alongar, posso falar a respeito dela para vocês, pessoalmente.

O interessante na metodologia, é que pode ser aplicada no mundo empresarial, nas decisões pessoais e, inclusive, pelo público jovem, que passa a experimentar em suas vidas as decisões difíceis de serem tomadas. Também para pais, ela pode trazer um diferencial na educação dos filhos, ajudando-os na orientação correta para a tomada de decisões, que muitas vezes valerão para a vida toda de seus filhos – como por exemplo, a escolha da profissão.

Ao desenvolver a metodologia, busquei embasá-la em estudos de filósofos renomados, com o intuito de reforçar minha tese e entender se estava no caminho certo. Platão, Charles Pierce, William James, Freud e Kant realizaram estudos profundos e deram a base de minha metodologia.

Confesso: decidir não é fácil!

Depois de todo esse caminhar, olho para trás e afirmo que não é fácil tomar decisões. Eu também sentia medo, ficava paralisado e me sentia pressionado cada vez que me deparava com escolhas e com a necessidade de tomar decisões difíceis. Ainda mais sabendo que ao fazer escolhas é o mesmo que abrir mão de demais alternativas. Acho que essa sensação de uma possível perda é a pior que existe, pois ficamos com a angústia de nunca saber se a decisão foi certa ou errada.

Mas eu aprendi! Aprendi que precisamos sair de nossa zona de conforto. Aprendi que a vida só evolui quando começamos a decidir por nós mesmos. Aprendi a controlar a minha ansiedade e a me conhecer melhor. Aprendi a descobrir as melhores decisões que posso tomar.

Com o autoconhecimento, sabemos que se errarmos ou se acertarmos, seremos os únicos responsáveis e isso não traz a menor angústia. Muito pelo contrário! Nos traz serenidade e o senso que decidir é o que nos move para frente, para a vida e para o sucesso.

E depois de aprender isso tudo, por experiência própria e por todas as pesquisas que realizo até hoje, decidi encontrar maneiras de compartilhar o que sei. E agora estou aqui, com este blog, para mostrar minhas ideias, oferecer dicas e, o mais importante, receber a opinião sincera de todos vocês que se interessam pelo assunto.

Obrigado pelo interesse em meus relatos de vida e te espero no próximo post!

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