Você sabia que pequenas decisões feitas durante o seu dia a dia têm a ver com a economia comportamental*?
Vamos analisar uma situação: o que você vai comer hoje no almoço? Trouxe seu almoço de casa, vai comer em um restaurante perto do trabalho ou está com vontade de fast-food? Qual seria a sua opção? O exemplo pode parecer simples, mas é extremamente complicado, pelo menos segundo a economia comportamental. Quer saber por quê?
Para início de conversa essa decisão é biológica (o que seu estômago diz), financeira (quanto o seu bolso permite gastar), e cronológica (tempo para cozinhar e para comer). Somam ainda na equação alguns ajustes aos seus princípios (se você tem alguma restrição alimentar) e seus gostos “estéticos” (a apresentação de um cardápio ou de um prato).
Esta área de estudo, que mistura psicologia, economia, sociologia e neurociência, permeia as nossas decisões em nível pessoal, social, empresarial e até governamental. Basicamente, está relacionada com as nossas decisões tomadas pelo nosso sistema intuitivo, ou seja, são escolhas muitas vezes irracionais, baseadas em nossas emoções. E quais são as consequências? Faz com que nem sempre escolhamos o que é melhor.
Se você se considera uma pessoa consciente de suas decisões pode se surpreender ao saber que a economia comportamental já mapeou 120 vieses cognitivos e motivacionais que influenciam as nossas escolhas. Dentre eles, estão estereótipos, costumes, cultura e vários outros pontos que fazem alterar o veredito final de um indivíduo.
Uma das tendências que influenciam na tomada de decisão mais comum, de acordo com as pesquisas na área, é o que se chama na economia comportamental de ancoragem. Ou seja, o nosso cérebro sempre vai buscar referências na hora de fazer escolhas novas. Nem sempre esses pontos fazem sentido ou são benéficos para a decisão final. E é justamente nesse ponto, que entra o que eu sempre reforço por aqui: a emoção! E como tomar decisões mais conscientes?
O primeiro passo para tomar decisões mais conscientes é estarmos cientes dos nossos vieses.
A partir daí, estruturar o processo de tomada de decisão, avaliando as opções, de forma a evitar que emoções te influenciem, ou busque minimizar o impacto delas diante das alternativas existentes.
Falando assim, pode parecer simples e que é apenas seguir esta fórmula e tcharan: vai ser fácil fazer boas escolhas. O recado que deixo aqui é: lembre-se, a decisão quando há emoção envolvida deve ter seu cuidado redobrado – cuidado!
E aí, já decidiu o que vai almoçar hoje? 😉
*Conceito defende que o indivíduo toma as suas decisões de compra com base em questões financeiras (caro/barato), emoções, sentimentos e hábitos. Ou seja, este processo cognitivo tem forte carga emocional e pouco uso da razão.