Como ter assertividade na contratação de novos colaboradores

Início de ano é geralmente aquele momento propício para renovações nas empresas, o que pode incluir também o quadro de colaboradores, em função de novos objetivos que foram traçados e necessidade de novas cabeças com novos skills. É comum, porém, gestores terem dificuldade para encontrar profissionais que não apenas tenham as qualificações desejadas, como também partilhem dos mesmos valores da empresa.

É fundamental que empregadores façam uma autoavaliação reconhecendo seus verdadeiros propósitos com a vaga a ser preenchida, de modo que a busca por um colaborador seja mais eficaz. O processo seletivo pode variar de acordo com o tamanho e a área de atuação da empresa, assim como o grau de responsabilidade da vaga e a quantidade de candidatos inscritos. Porém, em qualquer caso é importante se buscar alinhamento de valores entre a empresa e o profissional a ser contratado. Pode ser difícil, pois às vezes nem o próprio recrutador entende o que a empresa realmente precisa naquele momento. Mas é importante que os líderes, ao conduzirem as entrevistas, busquem formas de captar se há uma razoável comunhão de valores entre a empresa e os candidatos.

Quando temos uma visão clara de nossos valores, nossas metas e objetivos, conseguimos comunicar melhor o que esperamos daqueles que trabalharão conosco, e isso facilita na contratação de novos colaboradores. Assim, no processo seletivo, será mais perceptível visualizar aqueles que estiverem alinhados ou desalinhados com os propósitos da empresa.

Na autoavaliação, os gestores devem se perguntar, por exemplo: O que a empresa busca alcançar? Quais princípios éticos norteiam os negócios? Que tipo de profissional esse setor precisa? Quais aspectos da cultura da empresa são fundamentais e não podem ser negligenciados? A partir daí, começa-se a questionar: de que formas o novo colaborador poderá contribuir para o alcance de tais objetivos? Qual a personalidade esperada de um profissional, para se adequar aos princípios e cultura da empresa? Conhecendo melhor o próprio negócio, é possível desenhar que tipo de colaborador a organização realmente deseja.

Outro ponto é reconhecer quão disponível a empresa está para oferecer uma carreira de longo prazo. Se for esse o caso, é ainda mais importante que os sonhos e metas pessoais do candidato sejam próximos dos objetivos da empresa. É dessa forma que se garante a longevidade da relação com o profissional contratado. É também imprescindível ter claras quais serão as funções atribuídas ao novo contratado, além de aspectos práticos como salário, expediente e benefícios. Isso confere credibilidade para empresa e traz segurança para os candidatos.

Ao fim, é preciso considerar que quando se lida com relações humanas, há sempre a possibilidade de imprevistos surgirem. É comum que decepções ocorram, mesmo quando tudo parece bem alinhado. O importante é que os gestores estejam preparados para lidar com os imprevistos. Uma conversa franca com o colaborador ainda é a melhor saída nesses casos, principalmente para saber se a pessoa ainda está de acordo com os valores da empresa e disposta a seguir trabalhando com novas metas ou, até quem sabe, em outra área ou setor. 

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