4 lições que podemos tirar de Simone Biles

Simone Biles é a ginasta norte-americana mais premiada de todos os tempos, bem como uma das atletas com maior destaque na sua área. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, todos os olhos estavam voltados para ela, já que tudo indicava que a jovem seria a grande vencedora da vez.

Porém, Simone não estava bem, e preferiu se retirar das finais femininas para preservar sua saúde mental. A atitude acabou repercutindo mundo afora e gerou bastante discussão. Muitos julgaram a atitude da ginasta, utilizando termos como “covardia” e “desperdício”, enquanto outros aproveitaram para refletir sobre a importância de se colocar a saúde acima de tudo. 

Veja aqui algumas lições que podemos tirar da sábia decisão de Simone, e que devem ser observadas e aplicadas por um líder no manejo de sua equipe:

1- Até os melhores funcionários podem oscilar 

Não é realista esperar que todos tenham um desempenho elevado o tempo todo. Em algum ponto, as pessoas estão fadadas a encontrar um obstáculo ou dificuldade. Para aqueles que são considerados os melhores, isso pode ser especialmente chocante quando acontece pela primeira vez. Essas pessoas não estão acostumadas a não ter sucesso – e uma vez que sua confiança é abalada, pode ser difícil recuperá-la. Uma maneira do líder ajudar seu pessoal é pedir que pensem sobre um episódio em que tiveram um contratempo – fazer com que eles se lembrem de como saíram disso. Para a maioria, será uma lembrança positiva, e saber que isso já foi superado trará a confiança necessária para enfrentar uma próxima adversidade.

2- Fique atento ao ‘burnout’

Burnout é um estado de exaustão emocional, física e mental causado por estresse excessivo e prolongado. Ocorre quando alguém está sobrecarregado, emocionalmente esgotado e incapaz de atender às demandas constantes. No trabalho, o esgotamento é principalmente o resultado de uma carga excessiva de trabalho, habilidades incompatíveis, recompensas insuficientes pelo esforço, falta de controle e ausência de uma comunidade de apoio, – de pessoas engajadas. Em primeiro lugar, o líder precisa avaliar se o esgotamento do funcionário não está sendo causado pela falta de membros na equipe. É muito importante que os funcionários não fiquem sobrecarregados com excesso de tarefas e que isso seja equilibrado, além de balancear melhor a vida pessoal e profissional. Outro ponto que pode ajudar muito: sempre demonstrar reconhecimento por um trabalho bem feito, o reconhecimento acompanhado de palavras de agradecimento faz maravilhas para elevar a moral dos colaboradores.

3- Dê voz à sua equipe 

Se as pessoas não se sentem seguras no trabalho, são as empresas que saem perdendo. Se a liderança não dá  feedbacks críticos quando as coisas não vão bem,  acabam perdendo  os benefícios de dar voz aos funcionários e ouvi-los atentamente. E, por último, a liderança perde toda a possibilidade de inovação que surge da habilidade de correr riscos de seus colaboradores. O líder deve se empenhar em criar para a equipe um ambiente seguro e inclusivo, com políticas para combater bullying e aumentar o reconhecimento de ideias. Mostrar aos funcionários como um conflito saudável também pode capacitar as pessoas a falar abertamente, porque elas sabem que as divergências serão tratadas de maneira humana e civilizada.  

4- Ótimo desempenho necessita de ótima saúde mental

A Covid-19 mostrou para o mundo como a saúde mental é importante e também facilitou as conversas sobre esse tema no local de trabalho, mas ainda há um longo caminho a percorrer em algumas empresas. Embora a depressão e a ansiedade geralmente sejam os tópicos que dominam as conversas, é hora de considerar as condições mais sutis, como o esgotamento, falta de engajamento e de paixão pelo que faz, além de expectativas muito altas. É essencial promover o diálogo. O Facebook, por exemplo, lançou há vários anos uma campanha chamada #OpenUp, que incentiva as pessoas a compartilharem suas histórias em um espaço seguro. A iniciativa foi representada por borboletas, consideradas um símbolo universal de transformação e esperança.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *